top of page

Simpósio temático 01

Eixo 1: Gestão social do patrimônio arqueológico e direitos humanos

​

Arqueologia como prática social e instrumento político para grupos marginalizados

 

Carlos Etchevarne

Universidade Federal da Bahia

etchevarnebahia@gmail.com

      

Carlos Xavier de Azevedo Netto

Universidade Federal da Paraíba

xaviernetto@gmail.com 

 

Resumo

Nos últimos anos observa-se cada vez mais com maior evidência um novo caminho para a prática arqueológica: sua dimensão social. O potencial mobilizador que tem o universo arqueológico pela sua materialidade e facilidade de percepção/ interpretação, permite que ele seja apropriado para elaborar os fundamentos de ideários reivindicatórios de grupos sociais despossuídos de poder econômico e, por isso, marginalizados.

Em teoria, essa característica essencial do material arqueológico já era preconizada nos anos 1970, por vários arqueólogos, entre os quais o arqueólogo peruano Luis Lumbreras. No Brasil só recentemente se abriu um espaço com essa concepção, que hoje parece não parar de se estender, alcançando resultados, deveras, surpreendentes.

Por isso, esse simpósio pretende reunir comunicações que sejam produtos de experiências de práticas em comunidades, em que os pesquisadores foquem as condições objetivas de subsistência, as relações estabelecidas entre as pessoas, seus hábitos, seus ideários e a vinculação com os sítios arqueológicos existentes, no entorno.

Ademais, nesse simpósio admitem-se comunicações que apresentem reflexões conceitualizações, que favoreçam análises de situacionais regionais ou locais, mas que tenham como foco sítios arqueológicos, mesmo que não tenham sido estudados, mas que de alguma maneira sejam referenciais para os grupos sociais vizinhos.

Dessa forma com o simpósio “Arqueologia como prática social e instrumento político para grupos marginalizados” pretende-se por um lado dar voz a essas experiências sociais  que usam a Arqueologia como suporte material ou conceitual para suas reivindicações, e, por outro, instigar aos pesquisadores a  se aproveitarem do potencial mobilizador que subjaze na mesma natureza dessa ciência.

​

Palavras-chave: Arqueologia e comunidades; Arqueologia colaborativa; Práticas sociais da Arqueologia.

bottom of page